quinta-feira, 19 de abril de 2012

Reconstrução Facial Forense Digital

A reconstrução facial forense tridimensional pode ser manual ou digital. A reconstrução facial forense digital, além de desvendar as faces de antigos homens ou ainda nossos parentes longínquos, vem elucidando uma série de casos de polícia, que vão desde a aproximação de um rosto a partir de um crânio (completo ou não) até o envelhecimento de fotos de modo a atualizar a aparência de fugitivos da lei ou mesmo aquele ente querido que desapareceu há anos.
Essa tecnologia é possível com a chegada da Tecnologia da Informação, imaginologia médica e novos softwares de imagem 3D e de reconstrução. E utiliza dados relativos à espessura dos tecidos moles da face do ser humano.
No Brasil, essa técnica ainda não havia sido aplicada até que dois pesquisadores brasileiros elaboraram a primeira reconstrução facial digital do país. O estudo, publicado na Revista da Unesp Ciência, de dezembro de 2011, foi feito pelo Cirurgião-Dentista, Clemente Maia da Silva Fernandes, que realizou parte do projeto como sua tese de doutorado em Ciências Odontológicas, na Fousp, e pela Cirurgiã-Dentista, Mônica da Costa Serra, da Faculdade de Odontologia de Araraquara - Unesp (Universidade Estadual Paulista), em parceria com o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), em Campinas.

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Tecnologia Flir


Uma das mais novas armas da Polícia são as câmera digitais “Flir”, que registram o calor, a radiação emitida por um corpo na frequência infravermelha. Ela fotografa temperaturas a partir de 20ºC negativos, até os 650ºC, quanto mais quente, mais branca fica a imagem.
A máquina é usada, por exemplo, para identificar agressões físicas, pois as agressões tornam-se localizáveis por causa da diferença de temperatura na pele (a área afetada fica mais quente); e principalmente nas investigações envolvendo coisas que não sejam visíveis a olho nu, mas emitam calor.
A utilização desses equipamentos, com tecnologia infravermelho, deveriam ser usadas com frequência pela policia, principalmente em situações em que a exposição do policial é elevada e que a camuflagem no escuro se torna imprescindível para o êxito na ocorrência e investigação.

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Fonética Forense


A Fonética é um extraordinário meio que pode ser utilizado para identificação humana, pois na fala estão contidos traços característicos de um indivíduo, da sua origem regional e social, do seu estado emocional momentâneo e outras informações que podem ser inferidas a partir do material de fala. 
A utilização da fonética na área forense é necessária e, quase sempre, insubstituível para a solução de crimes em relação aos quais existam vozes registradas em algum tipo de mídia. Essa técnica utiliza espectrógrafos, oscilógrafos, entre outros aparelhos capazes de produzir desenhos bidimensionais do sinal analisado e consiste na verificação de locutor, verificação de edição e análise de conteúdo fonográfico.
A verificação de locutor investiga se as falas gravadas em uma mídia (fita K7, CD, DVD, VHS), provêm ou não do aparelho fonador de uma pessoa em questão. Muitas vezes nos processos de investigação policial, a única maneira de atribuir a autoria de um crime ou desvincular uma pessoa dele é determinar se a voz contida em uma mídia é ou não da pessoa em questão, em especial nos casos de suborno, chantagem ou extorsão. Este tipo de perícia é feita por meio de comparação entre dois arquivos de voz levando em conta vários parâmetros acústicos e varias realizações articulatórias do falante. A verificação de edição tem como objetivo examinar os arquivos de áudio contidos em uma mídia, para averiguar se sofreram algum tipo de edição como modificação, supressão ou acréscimo. A análise de conteúdo fonográfico, consiste em descrever todo o conteúdo registrado, que seja relevante à investigação, em um anexo eletrônico contendo todos os arquivos de áudio, que podem ser acessados por aparelhos que leiam CD ou DVD compatível com o formato de arquivo MP3.

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A importância do DNA na Investigação Criminal



O avanço da ciência e tecnologia a nível forense teve seu ponto culminante em meados dos anos 80, quando as técnicas de identificação, fundamentadas na análise direta do ácido desoxirribonucleico, tornaram-se uma das mais poderosas ferramentas para a identificação humana e investigações criminais. Se antigamente impressões digitais e outras pistas eram usadas para desvendar crimes, hoje são inúmeros os espécimes biológicos dos quais o DNA pode ser extraído. Podemos encontrá-lo em pequenas amostras de sangue, ossos, sêmen, cabelo, dentes, unhas, saliva, urina, fezes entre outros fluidos deixados pelo criminoso na área do delito.
O perito tem a função de coletar e analisar, minuciosamente, os vestígios deixados, caso encontre evidências biológicas, elas são levadas para um laboratório, onde com o auxilio de microscópios e tecnologias avançadas, o DNA é extraído das células ou tecidos, em seguida é dividido em fragmentos por ação de uma enzima de restrição, as porções são ordenadas por tamanhos através da eletroforese, os fragmentos são transferidos para uma membrana de naylon para melhor visualização, são formados segmentos de DNA marcados através de processos de radioatividade ou fluorescência e por fim, é constituído um padrão com bandas de diferentes tamanhos, que pode ser comparado com o de outros indivíduos.

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cromatografia


A cromatografia é um método físico de separação, no qual os componentes a serem separados são distribuídos entre duas fases: a fase estacionária, e a fase móvel. A grande variedade de combinações entre fases móveis e estacionárias a torna uma técnica extremamente versátil e de grande aplicação. Essa técnica é amplamente usada para análises quantitativas e qualitativas de espécies químicas e para determinar constantes termoquímicas tais como calores de solução e vaporização, pressão de vapor e coeficientes de atividade.
Na investigação criminal, a cromatografia gasosa e a líquida são utilizadas no levantamento de vestígios de crimes, sobretudo no tráfico de drogas, sendo útil para detectar substâncias como álcool, drogas e medicamentos no sangue e na urina das vítimas ou do suspeito através de aparelhos chamados cromatógrafos, possibilitando o exame automatizado dessas substâncias tóxicas e entorpecentes para a produção de laudos precisos e confiáveis.
O especialista José Luiz Da Costa, com pós-doutorado em Química Forense pela Universidade De São Paulo, afirma que a cromatografia líquida com espectrometria de massa é atualmente a tecnologia de maior eficiência na química aplicada à criminalística. A cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massa ainda é muito empregada, mas por degradar algumas famílias de substâncias, como drogas de abuso sintéticas, pode comprometer o resultado de uma análise.

Para Saber Mais:

Espectrofotometria Raman


A investigação criminal, de forma geral, diz respeito a pessoas e a objetos, embora somente as pessoas cometam crimes, se servido invariavelmente de objetos na prática dos mesmos.
A Espectrofotometria Raman é uma técnica fotônica de alta resolução que proporciona, em poucos segundos, informação química e estrutural de quase qualquer material, composto orgânico ou inorgânico permitindo assim sua identificação.
Sua análise se baseia na luz, monocromática e de determinada frequência, dispersada ao incidir sobre o material a ser estudado, cuja maior parte da luz dispersada também apresenta a mesma frequência daquela incidente. A luz que manteve a mesma frequência da incidente não revela qualquer informação sobre o material e é chamada de dispersão Rayleigh, mas aquela que mudou revela a composição molecular deste mesmo e é conhecido como dispersão Raman.
O equipamento utilizado nesse método é o Espectrofotômetro RAMAN que permite a análise de amostras na forma de pó, filmes, líquidos e gases, sem a necessidade de preparação de amostra. Esta técnica é aplicada diretamente sobre a amostra em questão, não sendo necessário fazer uma preparação especial no material. Além do mais, não há alteração na superfície que se faz a análise, sendo uma grande contribuição da física nas perícias forenses, por não modificar o local do crime.

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Sistema CODIS


O Sistema Índice de DNA combinado, ou CODIS para a sigla, é uma sistema de bases de dados nacionais, estaduais e locais, administrado e criado pelo FBI, onde já e utilizado em mais de 30 países. Nele contém perfis de DNA de criminosos condenados e detidos, com amostras biológicas coletadas em cenas de crime, que a partir daí pode encontrar perfis idênticos entre as evidências de DNA de diferentes crimes e identificar reincidentes.
A base de dados CODIS não contém os nomes, datas de nascimento, números de segurança social, ou qualquer outro identificador pessoal. Esse sistema atende regras muito rígidas, proteger a privacidade individual e não contém os perfis de DNA de vítimas de crime.
O CODIS não é acessível ao público em geral ou para a maioria dos profissionais da justiça criminal, apenas o administrador do banco de dados em laboratório do governo e o pessoal responsável pela entrada de perfis de ADN para CODIS tem acesso ao banco de dados de DNA em todos os níveis (local, estadual e nacional).


Para saber mais: